Turismo Responvável - Economia Local
O viajante precisa ter em mente que a forma de consumo afeta muito a economia local e gera impactos no cotidiano dos moradores.
Ao comprar souvenires e artesanato, procure comprar em pequenos mercados populares para beneficiar diretamente o produtor ao invés de grandes comerciantes. Comprando diretamente do produtor os benefícios econômicos serão mais bem distribuidos.
Em alguns locais existem cooperativas de artesãos que são uma ótima opção para ajudar a economia local.
Cuidado para não incentivar a produção de souvenires de forma predatória. Não compre nada que seja feito em detrimento à fauna e à flora, como porta-retratos com conchas, por exemplo, ou animais empalhados.
Nas refeições procure dar preferência aos restaurantes pequenos e familiares, que sirvam produtos típicos para movimentar a economia e a produção local, ao invés de consumir produtos importados.
Hospede-se em pequenos empreendimentos ao invés de redes hoteleiras internacionais para que o dinheiro permaneça na economia local. Dessa forma você tem contato maior com a cultura do lugar e encoraja o empreendedorismo.
Ser mochileiro é ser um viajante independente, porém utilizar guias locais está acima de ser independente, contratá-los é ser um viajante responsável.
Você gera renda para eles e aprende muito mais na viagem. Em muitos lugares a profissão de guia é importante para combater o desemprego.
Ao barganhar, tenha consciência do quanto significa tal desconto para você e do quanto significa para o vendedor. Alguns dólares são pouco para quem está viajando, porém pode ser muito para o comerciante.
Por isso a frase mais ouvida na Indonésia durante as negociações foram “esse preço é bom para mim e bom para você”.
A barganha deve ser com bom humor e apenas para desinflacionar o preço praticado para turistas. Não barganhe exageradamente para não criar um ambiente de inimizade entre turistas e comerciantes locais. Não seja mão de vaca, a economia local agradece.
E você, conhece alguma forma de contribuir com a economia local quando está viajando?
Turismo Responsável – Fotografias
Viajar nos proporciona oportunidades de registrar imagens belíssimas, principalmente de pessoas com suas roupas e feições características. Porém, mesmo que não pareça, fotografar pessoas pode ter um lado negativo. É preciso praticar o turismo responsável também quando se trata de fotografar as pessoas.
Alguns cuidados podem ser tomados para minimizar os efeitos negativos causados pelo turismo. Vamos lá…
Procure não ser inconveniente ao fotografar as pessoas, peça permissão antes. Pare de fotografar se perceber que está sendo desagradável para a pessoa.
Não invada a privacidade de ninguém. Mesmo se for costume de um povo tomar banho em rios, isso não quer dizer que você pode fotografá-los nesse momento de privacidade.
Tá certo que existem imagens que devem ser registradas naquele momento, pois algumas cenas não se repetirão e não tem como pedir para a pessoa voltar à posição inicial e repetir a pose. Mas bom senso é imprescindível, coloque-se no lugar da pessoa, imagine se você gostaria de ser fotografado em momentos particulares.
Já pensou em imprimir um retrato e presentear a pessoa fotografada mesmo que você não a conheça? Ela merece, afinal gerou uma boa fotografia para você. Se não for possível imprimir, anote o e-mail ou endereço da pessoa e envie depois. Esse tipo de atitude cria um relacionamento muito melhor entre turistas e população local.
Muito cuidado ao fotografar cerimônias religiosas ou manifestações culturais. Lembre-se que muitos desses eventos são milenares e, apesar de atrair turistas, não são um produto turístico. Por isso, ao tirar fotos, evite atrapalhar as cerimônias e as manifestações. Preste atenção ao espaço que este necessita para acontecer e não se aproxime muito para não atrapalhar. Cuidado com o uso do flash nessas situações, isso pode atrapalhar e desconcentrar as pessoas.
Falando em flash, não o use ao fotografar animais, principalmente de perto. Imagine-se no lugar dos bichinhos, recebendo descargas de luz a cada minuto. Isso pode afetar a visão do animal, além de estressá-lo e torná-lo agressivo.
Flashs também são prejudiciais à documentos históricos, pois a luminosidade pode deteriorá-los. O mesmo acontece com pinturas e obras de arte. Por isso muitos museus proíbem o uso de flash nas fotografias
Dar ou não dinheiro a eles? O que, nesse caso, é ser um turista responsável?
Pode parecer inaceitável negar uns centavos à uma criança e gastar muito mais com coisas ‘fúteis’ durante a viagem.
Sei que você economizou e merece viajar, mas se você parar para pensar é fútil e ainda parece falta de amor ao próximo quando se gasta, por exemplo, R$10,00 por dia em cerveja ao invés de doar, nem que seja parte disso, às crianças carentes.
Acho que o grande problema da mendicância é envolver as crianças e dessa forma tirar delas qualquer possibilidade de estudar e melhorar suas possibilidades. Mas também não doamos dinheiro aos adultos, pois vimos pessoas amputadas, vítimas de minas terrestres, trabalhando, mesmo que de forma simples, para ganhar o seu sustento e de sua família.
Por isso nós somos contra dar dinheiro para aos pedintes, exatamente para não incentivar a mendicância, principalmente de crianças, que deixam a escola para levar dinheiro aos pais.
Durante nossas viagens vimos pais ensinando as crianças a encenar para pedir dinheiro aos turistas estrangeiros. Vimos pais dizendo aos filhos para fazer cara de coitado, de triste, e ensinando frases em inglês para deixar os turistas com pena, ensinando a dizer que é para comprar livros e cadernos. Enquanto as crianças pediam, os pais ficavam à sombra esperando o dinheiro.
Uma opção é doar alimentos ao invés de dinheiro. Mas fique atento. Ouvimos histórias assim:
A criança pede dinheiro e quando o turista nega, a criança diz então para o turista comprar alguma comida para levar para a família e vai puxando o turista em direção à um mercadinho próximo. O turista, claro, pensa que não há mal nenhum doar um pacote de alimento e compra para a criança. Logo depois que o turista vai embora, a criança volta ao mercadinho, devolve o produto ao vendedor e pega o dinheiro para levar aos pais.
Então se você quiser mesmo doar alimento, observe antes se isso acontece ou então ao comprar o produto abra o pacote logo em seguida para que a criança não possa trocar.
Se você quer mesmo doar durante a viagem, é melhor doar comida saudável. Não dê doces às crianças carentes, pois dessa forma não se resolverá o problema principal, que é a fome, e ainda causará outro problema às crianças que provavelmente não tem acesso à saúde também, entre elas problemas de cáries nos dentes, por exemplo.
Doar cadernos e lápis é uma boa opção para incentivá-los a não largar os estudos. Se quiser oferecer ajuda mais eficiente a longo prazo, considere fazer uma doação, mesmo que pequena, para instituições sérias do local visitado.
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